Alguns Esboços... [Assaigos sociologics de Julio Souto]

Ficha de leitura realizada na cadeira “Estudos Sociais em ciência e tecnologia”, na Universidade Federal de Santa Maria (UFMS)

No livro Conhecimento e imaginario social, David Bloor apresenta as noções fundamentáis para o que ele chamava Programa Forte na Sociologia do Conhecimento. Básicamente, este programa parte da ideia de que “a sociologia do conhecimento pode explicar a naturaleza e o conteúdo do conhecimento científico”. A anterior epistemologia ou sociologia do conhecimento tinha sido, segundo Bloor, muito limitada no abordagem do conhecimento científico. Isto explicaria-se por um preconceito teleológico e uma fe ilimitada na racionalidade moderna, que na súa atividade normal, acumularia conhecimento verdadeiro, racional e objetivo, reducindo progressivamente o erro e a oscuridade. Desta forma, disciplinas filosóficas como a “lógica” poderian discutir a construção do conhecimento racional, mas a sociologia do conhecimento deveria limitar-se a explicar as causas externas (sociais) das crenças irracionais e errónias (argumentos, p. ex., de Lákatos o Mannheim).

Fronte a esta metafísica teleológica, Bloor propõe um programa forte com base em quatro principios fundamentáis:

  1. Causalidade: o conhecimento tem causas externas, sociais e de outros tipos.
  2. Simetria: a sociologia debe explicar tanto a “verdade” como o “erro”, baseando-se em causas da mesma natureza. Não é possível explicar a ciência em base a uma metafísica idealista-teleológica, e as crenças em base a “condições sociais”.
  3. Imparcialidade: a sociologia do conhecimento não tem como objetivo estabelecer a valideça o falsedade do conhecimento, mas explicar as condições e procesos da súa produção.
  4. Reflexividade: as mesmas premisas do programa forte deveram ser aplicáveis à própria sociologia do conhecimento. Isto não provoca um mecanismo de auto-refutação, dado que o fato de um conhecimento serem causal não implica que automáticamente seja errónio.

Afinal, o programa forte sitúa-nos num plano analítico que permete “conhecer o conhecimento”, atendendo às condições sóciais da súa produção e aos processos sociais implicados na súa aceitação/refutação. Ver, por ejemplo, o análise sobre os estudos sobre a máquina de vacio de Boyle e as súas disputas com Hobbes (SHAPIN and SCHAFFER, 2005).

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Comments



1 Comment so far

  1.    Andralyn on agost 4, 2011 5:01 am

    Well macamdaia nuts, how about that.

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